Olá meus amores! Tudo bem?
Estou pensando em mudar o nome do blog, mas ainda não sei...
Vamos logo para o assunto, eu criei um novo quadro aqui no blog, onde eu vou postar alguns textos meus, hoje é o primeiro post, onde eu fiz uma adaptação do conto Peter Pan para uma versão mais... Dark (Não consigo descrever melhor, então vamos usar Dark mesmo).
Vamos lá!
Peter Pan por Lia Araujo
O vento soprava do lado de fora, fazendo com que os galhos das árvores se chocassem e as primeiras folhas do outono caíssem.
Wendy estava atenta ao som dos galhos, procurando qualquer coisa suspeita, já era tarde da noite, mas como em todas as outras, ela se sentia observada.
Depois de tanto esperar, Wendy apagou as luzes e se encolheu de baixo das cobertas. Não devia ser nada, só os seus irmãos fazendo brincadeiras.
Ela escondeu a cabeça de baixo das cobertas e fechou os olhos com a esperança de dormir, Wendy então escutou batidas diferentes em sua janela.
Aquela batida não era dos galhos. Assustada Wendy chamou seus pais, mas não teve resposta. Mais uma vez ela ouviu as batidas na janela, e dessa vez estava com os olhos bem atentos nela.
Um menino loiro, com roupas estranhamente verdes, batia em sua janela enquanto flutuava no ar.
A curiosidade de Wendy venceu o medo, e ela levantou-se com a mais lenta e minima calma
-Abra a janela para mim- O menino pediu
Wendy estava cara a cara com o menino flutuante, ele a olhava com um olhar que podia convencer qualquer um a fazer alguma coisa.
Talvez Wendy não tivesse mas controle sobre sua mão quando abriu a janela, ou talvez a curiosidade tenha a deixado levar.
Wendy abriu a janela do quarto e logo o garoto entrou como chegou, flutuando no ar. Foi aí que Wendy tomou consciência de seus atos.
- Quem é você?- Ela perguntou
-Sou Peter, Peter Pan- Disse o desconhecido que agora tinha nome- Não precisa ter medo de mim, Wendy.
- Como sabe meu nome?- Ela se assustou
- Te observo todos os dias na hora de dormir- disse alcançando o chão com os pés- E acho que chegou a hora de te buscar
- Me buscar para que? O que você quer?- A voz de Wendy eram um misto de curiosidade e medo, mas ela não sairia dali sem saber o que estava acontecendo.
- Vim te levar para a Terra do Nunca. - Wendy achou estranho.
- Que lugar se chama Terra do Nunca?- Wendy duvidou
-Um lugar onde as pessoas podem voar como eu, onde ha fadas e as crianças nunca ficam adultas.
Vendo que Wendy ainda não tinha se convencido Peter pegou um saquinho com uma coisa brilhante do bolso.
- Está vendo isso aqui?- Wendy concordou com a cabeça- É pozinho magico das fadas, pode te fazer voar como eu. Basta pegar minha mão e você poderá voar comigo para a Terra do Nunca, onde tudo é perfeito.
Novamente em estado de transe, Wendy pegou lentamente na mão de Peter, mas conseguiu pensar em como seria bom nunca envelhecer, nunca ser adulta, nunca ter que ter obrigações.
Peter segurou Wendy até que saísse pelo mesmo lugar que entrou, Wendy permanecia com os pés descalços em contado com a madeira fria da janela.
Ela estava com medo, com medo de não poder voltar, com medo de não ver seus pais ou seus irmãos de novo.
Peter jogou o pó em Wendy, e logo seu corpo começou a brilhar
- Pule Wendy- Peter disse ainda segurando sua mão
- Vou poder visita-los ?- Wendy perguntou
- Quando quiser
Isso era o que Wendy precisava ouvir. Ela apertou bem a mão de Peter e pulou. Logo sentiu o vento batendo em seus cabelos, batendo selvagemente em todo seu corpo, eles estavam indo rápido, rápido demais.
Só que ela não estava voando, ela estava caindo. Wendy abriu seus olhos e viu três andares passarem como cinquenta, o pó brilhante deixando um rastro acima de si. Peter não segurava mais sua mão, mais ela continuava a ve-lo ao seu lado
Mas não era o Peter que ela viu entrando no seu quarto, ele tinha se transformado, sua roupa não era mais verde, era preta, e seus olhos não eram mais azuis, eram vermelhos.
Wendy tentou se agarrar nele, mas logo ele se desfez em fumaça preta, desaparecendo junto com o pó brilhante que a cercava.
Antes de atingir o chão, Wendy pensou em como nunca iria envelhecer, nunca seria adulta, nunca teria obrigações mesmo.
É possível contar muitas mentiras dizendo apenas a verdade, e agora ela sabia disso, mas era tarde de mais.
Na manhã seguinte encontraram o corpo de Wendy espatifado na calçada, a polícia deu o caso como suicídio.
Tanto seus pais quanto seus irmãos não conseguiam acreditar no que tinha acontecido, mas tinham que se conformar.
Mas de uma coisa Peter estava certo, ela os visitava todas as noites, flutuando do lado de fora, enquanto seus irmãos se sentiam observados.
Só uma pergunta se repetia em sua mente.
"Será que eles já estão prontos para irem para a terra do nunca?"
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Foi isso pessoal, espero que tenham gostado!
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Obrigada por ler até aqui, e até mais!